O estoque pode ser considerado um ponto nervoso para empresas que possuem capital alocado neste ativo.
Estoques são complexos e amplos de serem gerenciados. Quando nos perguntamos sobre - gestão de estoques o que faz?, começamos a compreender que, dependendo do tipo de negócio, os estoques podem ser:
- Estoque de matéria-prima: compreende todos os materiais e insumos que a empresa compra de seus fornecedores para beneficiar e transformar em um novo produto que será colocado à disposição do mercado consumidor. Por exemplo, em uma padaria teremos compreendidos a farinha, o sal, açúcar, ovos, fermento, temperos, entre outros. Em alguns tipos de negócios este estoque caracteriza um grande risco pois possui itens perecíveis, ou seja, com datas de validade e que, ao vencidos, convertem-se em perdas de estoque, acarretando em prejuízo.
- Estoque de embalagens: podem ser compreendidos aqueles itens que são comprados de fornecedores para embalar o produto beneficiado. Em muitos negócios este tipo de estoque é muito oneroso, principalmente em termos de armazenagem pois, geralmente, ocupam muito espaço físico para estoque. No caso de uma indústria de cosméticos, por exemplo, teremos frascos para envase do produto, caixas primárias onde o frasco é acondicionado - você pode imaginar a bisnaga de creme dental que possui aquela caixa de papelão na qual está acondicionada e disposta na prateleira do supermercado ou farmácia.
- Estoque de embalagens de transporte: são consideradas as embalagens onde os produtos são armazenados para que o manejo do transportador. Tradicionalmente se apresentam na forma de caixas de papelão, paletes, sacarias ou bags.
- Estoque de produto acabado: é considerado aquele ativo que foi beneficiado, produzido, embalado e colocado à disposição da área de expedição para o transporte e para a área de vendas abastecer o mercado consumidor. Também apresenta um ponto crítico quanto à data de validade quando se tratar de um produto perecível. Outro ponto muito crítico é quanto à quantidade de abastecimento pois, o seu excesso vai resultar em custo e, a sua falta, em custo de oportunidade, ou seja, perda de venda por não ter o produto para pronta entrega.
- Estoque em trânsito: é comum para alguns tipos de negócios ter uma grande quantidade de estoque em trânsito, principalmente de produto acabado. Imagine aquela empresa que, por estratégia de mercado e custo vai abrir vários centros de distribuição: além do volume colocado à disposição da expedição, terá uma quantidade alocada nos centros de distribuição. Outro volume de estoque que deve ser reconhecido é aquele que está em trânsito, sobre os meios de transporte tais como caminhão, trem ou navios.
O que preciso afirmar aqui é que, para o gerenciamento do seu estoque, você não pode depender e se guiar unicamente por aquela informação que o contador da sua empresa informa no balanço ou demonstrativo de resultados. Aquela informação apenas tem o objetivo de informar o valor em estoque no final do exercício, normalmente confirmado pelo inventário. Esta informação é o final da cadeia de gerenciamento do estoque. E, infelizmente, muitos gestores desconhecem, inclusive, esta informação, que dirá, estabelecer e conhecer indicadores para o gerenciamento mensal do estoque.
No momento econômico que estamos vivendo, com inflação aumentando, podemos enxergar o aumento do volume de produto estocado como algo bom para a empresa pois, um produto comprado a um preço menor e que inflacionou vai surtir em ganho para a empresa. No entanto, este ganho pode ser falso pois pode ser "consumido" pelo tempo em que o produto vai ficar estocado, pois o seu custo de estocagem pode suprimir o ganho obtido quanto à vantagem de preço na compra.
Por outro lado, o aumento dos juros (Taxa Selic) também impõe desafios pois, se o produto for comprado de forma parcelada e pagarmos juros para o fornecedor, haverá um aumento do custo de armazenagem e, automaticamente, o custo de produção, o que acarretará diminuição da margem de lucro do seu negócio.
Para isso, um indicador muito importante é o Lead Time, que é o tempo médio em que o produto fica armazenado. Imagino que você deva conhecer como fazer este indicador. Claro que existe uma dinâmica complexa e diferente para cada produto que temos armazenado. Para conhecer melhor esta complexidade deve-se priorizar os itens. E, para isto, usamos a curva ABC, a qual propõe que, em torno de 5% dos produtos são considerados categoria A, 15% da categoria B e os 80% da categoria C. Diferente de muitas metodologias, aqui na Evoluir nós chegamos a esta curva ABC multiplicando o volume de produto em estoque pelo valor de compra unitário.
Pensando nesta complexidade e no desafio de gerenciar os estoques, nós disponibilizamos o nosso curso Gestão de Estoques, com mais de 4 horas aula com exercícios dos mais variados para que você possa se tornar um expert em gerenciar o seu estoque. Saiba mais sobre o nosso curso aqui.
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