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Existem vítimas em sua equipe?

As pessoas da sua equipe tendem a se dividir em dois grupos. Um deles é composto por aquelas pessoas que são criadas num padrão mental fixo (falamos um pouco sobre padrões mentais no artigo "Adote um novo mindset, avalie o desempenho pela capacidade de entrega"). Resumidamente, um padrão mental fixo é aquele que não reage às mudanças do ambiente ou não encontra alternativas quando identifica obstáculos. Este artigo também está disponível na versão de podcast. Caso queira ouvir no Spotfy, clique aqui.


Mas, o que cria a vítima?


Conta uma história que, em uma fazenda cujos donos tinham um alto poder aquisitivo, o filho do casal foi criado sempre sob o zelo de um cuidador, aquele capataz que acompanhava o menino em todos os passos que ele dava. Uma das rotinas diárias era, por exemplo, acompanhar o menino até a escola. Da mesma forma, acontecia no seu retorno à casa. A criança nunca andava sozinha.


Anos depois, os proprietários desta fazenda passaram por momentos de muita dificuldade financeira e tiveram que cortar gastos desnecessários para um novo padrão de vida, aquele que caberia dentro da sua capacidade financeira. Dentre estes cortes estava a demissão do funcionário, aquele cuidador que acompanhava o menino em todos os passos. Entenderam que, pelo fato do filho já ter completado 12 anos, não haveria mais necessidade do capataz acompanhá-lo e que poderia andar sozinho. E assim foi feito.


No dia seguinte ao desligamento do capataz, o menino foi à escola, sozinho. Quando atravessou a rua, na primeira vez, foi atropelado. Sim, atropelado. E isso aconteceu por não ter desenvolvido a sua capacidade de "caminhar com as suas próprias pernas". Ou seja, ele não desenvolveu habilidades suficientes para lidar com riscos e mudanças do ambiente.


E, como identificar a vítima?


A sociedade exerce um alto grau de proteção sobre as pessoas quando exerce o princípio do "coitadismo". Seja na forma pela qual os pais criam os seus filhos, o professor ou a escola complementa a educação do mesmo ou até por influência do meio em que vive. Imagine você aquela pessoa que, a todo momento, recebe uma carga excessiva de "coitadinho", da sua mãe, por exemplo. Ela sempre se sentirá protegida e a vítima de tudo que acontece pois, no padrão mental que é desenvolvido, nunca lhe será cobrada responsabilidade e, por fim, a pessoa não vai amadurecer.


As vítimas de nossa equipe são aquelas que sempre se sentem protegidas, que nunca são estimuladas a enfrentarem os seus próprios desafios. Não raro essas pessoas são abrigadas pelo próprio líder, no momento em que recebem toda atenção possível, no desejo do líder melhorar o desempenho desta pessoa. As vítimas agem de forma orquestrada na presença do líder. Mas, quando este não está presente, se acomodam. O colaborador que é vítima não está engajado. Trabalha apenas pelo mínimo necessário.


A melhor alternativa é você identificar os donos, aqueles opostos das vítimas. Em nossa live "Conheça a Vítima", falei da técnica de identificação do dono trazendo a metáfora da escolha das frutas em um supermercado. Talvez você queira assistir esse conteúdo de forma mais aprofundada:


Mas, os donos, como são?


Os donos são aqueles colaboradores ou integrantes da equipe que assumem o próprio moral. Eles se responsabilizam por suas respostas em qualquer situação. São pessoas engajadas ao extremo ao ponto de se sentirem "donos" do negócio, da empresa ou do projeto que estão liderando ou atuando. Enquanto as vítimas culpam a situação e são perdidas em suas histórias infelizes, os donos assumem total responsabilidade por sua felicidade.


E como lidar com os donos?

Como os donos em sua vida você não precisa de técnica para tratá-los. Basta valorizá-los. Diferente das vítimas. Com elas, você precisará ser paciente, pois irão querer apresentar de forma demasiada os seus sentimentos, sentindo-se as "coitadinhas" pelas circunstâncias. No entanto, além de paciente, você precisará ser empático. Aceite seus sentimentos porém, mostre-lhes outra visão. Viva isso para elas, que vão perceber que o outro ponto de vista traz melhores resultados. Existem três coisas básicas para você como líder fazer: 1) recompensar a atitude de dono, sempre que a vir; 2) ser dono você também e; 3) assumir total responsabilidade pelo moral e pelo desempenho da sua equipe. Concentre-se nas oportunidades e possibilidades. Concentre-se no aspecto verdadeiro e positivo. Não faça fofoca e nem desmoralize as outras pessoas. Você não consegue incutir algo em outra pessoa, não diretamente. Ser dono é algo que se consegue sendo dono.







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